quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Eu não tomo mais banho!!



Tudo que um filho de Deus faz deve ter clara direção, ordem,  motivos bíblicos. Quando argumentamos sem claro ensino bíblico, quando argumentamos sem a Bíblia, argumentamos como ímpios. A lista a seguir parece espelhar razões que as pessoas dão para não ir e estar em comunhão numa igreja local, não estar em comunhão com a comunidade dos santos... deixar de congregar como Deus ordena.

Se você tem dado as mesmas desculpas que as pessoas usam para não estar numa igreja local e aplicá-las para outras áreas importantes da vida, você percebe como é inconsistente a lógica usada, (apesar de que nenhuma lógica sem a Bíblia seria argumento válido também!)

Eu não tomo mais banho porque,

1. Fui obrigado a tomar banho quando era criança.

2. As pessoas que tomam banho são hipócritas. Eles pensam que são mais limpas do que qualquer outra pessoa que não tome banho.

3. Existem tantos tipos diferentes de sabonete, eu nunca poderia decidir qual deles é o melhor.

4. Eu costumava tomar banho, mas isso me cansou, então eu parei.

5. Eu tomo banho somente em ocasiões especiais, como Páscoa e Natal...

6. Nenhum dos meus amigos toma banho.

7. Eu ainda sou jovem. Quando eu estiver mais velho e estiver, com o passar to tempo, um pouco mais sujo, eu poderei começar a tomar banho.

8. Eu realmente não tenho tempo para tomar banho.

9. O banheiro nunca está suficientemente quente no inverno ou o suficiente fresco no verão.

10. As pessoas que fazem sabão só estão atrás do seu dinheiro.



11. Eu me sinto muito bem sem tomar banho.

12. Eu trabalho duro a semana toda e estou muito cansado para tomar um banho no fim de semana.

13. O primeiro sabonete que usei me deu alergia, então eu não vou mais chegar perto de um sabonete ou banhero outra vez.

14. Eu não entendo as palavras escritas na parte de trás da embalagem do sabonete.

15. Não me sinto sujo, e eu estou ofendido de que as pessoas me digam que eu estou.

16. Eu não tenho toalhas agradáveis ​​ou um roupão de banho adequado.

17. Quando Deus quiser que eu tome banho Ele fará chover sobre mim.

18. O banheiro que tenho agora não é tão bom quanto o meu antigo banheiro.

19. Eu sou tão limpo quanto as pessoas que tomam banho.

20. Eu tomei banho uma vez e não gostei.

21. Eu gosto de ser sujo.

22. Tomar banho é para pessoas inseguras.

23. Se tomasse banho, eu tomaria num rio, caverna... como as pessoas faziam a milhares de anos atrás.

24. Ninguém na minha família e entre meus amigos toma banho.

25. Eu não acredito no banho, e eu sou sincero em acreditar que estou limpo.


A lista é de autor desconhecido.

A beira de um colapso!

Por Josemar Bessa

Como você caracterizaria todos os teus problemas, todas as tuas aflições, todas as tuas perdas, todas as tuas decepções? Por mais esmagadoras que elas sejam... como você as caracterizaria? Temos a tendência de ver essas coisas em nossas vidas com um peso muito maior do que em qualquer outro lugar.

O grande drama dos que se hoje se dizem cristãos é a perspectiva. A perspectiva cristã de nossos dias não difere quase nada de todas as pessoas a nossa volta que nada sabem sobre regeneração, novo nascimento, morte expiatória, graça... A perspectiva demonstrada por Paulo é verdadeiramente estarrecedora. Ele considera aflições terríveis, sofrimentos incríveis, tanto em quantidade quanto em profundidade, como “leve e momentânea tribulação” (2Co 4.17). É essa perspectiva que todos a nossa volta estão vendo em nós? Lembre que as tribulações que Paulo estava experimentando tanto física quanto na alma, eram aflições tiranas e constantes. Sob aflições bem menores a grande maioria se torna completamente inútil para todo o propósito para o qual Deus nos chamou e nos deixa estar na terra – a Glória do Seu Nome!

Paulo chama as sua grandes aflições de “leve e momentânea” – nós podemos vê-las como tiranas e constantes – Mas vemos assim por causa de nossa perspectiva terrena. Uma perspectiva tão terrena que nos leva a ver o evangelho como algo que deve e que existe para nos livrar dessas aflições simplesmente. Não é por isso que as multidões estão nos cultos? Não é com base nisso que a pregação hoje está centrada? Perspectiva terrena, não é diferente de perspectiva diabólica, pois a glória de Deus não é o objetivo, não é a alegria, não é o deleite desejado.

Paulo via todas as aflições com a perspectiva de como devemos ver a vida – e então ele considerava elas nesse nível – elas eram momentâneas como o vapor que a vida é: “Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.” - Tiago 4:14 – Paulo então chama, por causa de uma perspectiva celestial da vida, aflições tiranas e constantes, vinda de todos os lados de “leve” – leve como uma pena – elaphros – a palavra no grego significa “ninharia sem importância!”

Perspectiva! Qual é a tua – Paulo diz: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” - Atos 20:24 – Essa perspectiva de vida fez Paulo dizer que todas as aflições eram “ninharias sem importância” – Essa não tem sido a ênfase hoje, portanto, Deus não pode ser glorificado na vida da igreja espalhada no mundo!

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” - 2 Coríntios 4:17 – Por um lado Paulo define todos os problemas presentes em sua vida presente, e por outro lado a perspectiva da glória futura e ele as relaciona. É como se estivesse colocando em uma balança. Em primeiro lugar ele pões todas as aflições, tratamento brutal, flagelações, anos nas prisões romanas terríveis, apedrejamento, espancamento público, horas de fome e sede, vestido em trapos, sendo amaldiçoado por sua geração, tornando-se, como ele define: “a escória do mundo!”. Naufrágios, ou seja acidentes, perigos em rios, perigos no mar, perigos nas estradas, perigos de assaltantes, perigos nas cidades... enfermidades, pressão da sentença de morte... junto a isso as pressões e preocupações, diz ele, com as igrejas – que lhe davam grandes tristezas muitas vezes – Corinto, Galácia...

Na verdade, basta carregar um homem com problemas, e em nossa geração ele logo estará a beira de um colapso. Mas Paulo usa para tudo isso as palavras de Cristo: “Meu fardo é leve” – elaphros – Paulo chamou tudo isso de “Leve e momentânea tribulação” – Isso é Cristianismo – Esse é o resultado do “tudo se fez novo” – Como ele mesmo diz em 2 Coríntios 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” Meu “fardo é leve” – diz Paulo, é leve como Cristo diz que seria! Leve por causa da perspectiva. Um levantador de peso numa competição não se queixa. Ele é, afinal de contas, um levantador de peso e não levantador de flocos de neve. Portanto ele não espera nada do tipo: “amanhã vou levantar flocos de neve!” – Não! Ele é um levantador de peso – num arranque o levanta acima da cabeça, mantém lá por oito segundos e fim. É um fardo momentâneo. Mas isso só é possível se estivermos na mesma perspectiva de Cristo e na de Paulo. Sem ela, não será leve, mas um peso tirano e que nos leva ao colapso.

Cristo tinha levado o peso da culpa e da vergonha do apóstolo Paulo, ( como de todos os que de fato estão em Cristo, foram regenerados...) e ele chamou Paulo, e todos nós se somos chamados, para tomar a sua cruz e segui-lo. Paulo não esperava uma mochila agradável e acolchoada cheia de espuma quando Cristo foi esmagado debaixo daquele santo julgamento de Deus!

Perspectiva! Paulo está dizendo que viver para a glória de Deus neste mundo não te livra de sofrimento algum e torna a perseguição inevitável... Sofrimento real! Mas diz que quando comparados ao que nos espera no futuro, eles são, na pior das hipóteses, leves e triviais. Só o sofrimento é “redimido” – quando vemos o quanto este coopera para a nossa glória eterna – “...nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” - 2 Coríntios 4:17 – Todos os apóstolos reforçam constantemente essa perspectiva: “Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso” -1 Pedro 1:6-8 - O efeito desse sofrimento não é meritório, mas é produtivo: “...produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” - 2 Coríntios 4:17

O mundo está vendo em nós um crer alegre, cheio de gozo, inefável... como Pedro disse: “Uma alegria indizível e cheia de glória?” Terríveis aflições são agora "leves e momentâneas?"– A questão toda está sobre a perspectiva – terrena ou celestial? “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” - 2 Coríntios 4:18

Quando a perspectiva oposta reina, a perspectiva terrena, o evangelho não é mais O evangelho, mas uma farsa!

A carta perdida de Paulo a Smallville

Por Clint Archer 
Se o Super-homem fosse real, como ele nasceu em Krypton e não seria descendente de Adão, ele teria uma natureza pecaminosa?”

Já me perguntaram várias vezes esse tipo de pergunta enquanto tentava ter uma conversa séria com um não crente a respeito do evangelho. Alguns dos ateus que eu conheço são muito versados em teologia e na Escritura e repudiaram o evangelho após, dizem, pensarem bastante a respeito. Alguns expressam seu desdém pelo evangelho por meio de enigmas elaborados para expor a inadequação do evangelho, ou alguma aparente inconsistência em minha teologia.

Enquanto estou realmente absorto na tarefa de apresentar o evangelho, tendo a me perder. Eu realmente desejo que a pessoa creia e se arrependa e, por um momento, esqueço que sua salvação não depende de mim, mas do Espírito Santo. Assim, caio em uma armadilha que a maioria dos calvinistas equilibrados não cairiam. Eu tento responder a charada proposta para mostrar o quão consistente é a teologia cristã e como a Bíblia é suficiente para responder cada questão metafísica.

O problema é que ela não é. A Bíblia não pode responder todas as questões relacionadas à vida e à piedade – apenas aquelas que, de fato, tem respostas.

C. S. Lewis, com seu intelecto apologético colossal, também não poderia responder questões que eram feitas a ele por seus pares acadêmicos, tais como “Deus pode fazer um círculo quadrado?”. Em Anatomia de uma dor, Lewis escreve com uma franqueza libertadora:

Pode um mortal levantar questões que Deus é incapaz de responder? Facilmente, creio eu. Qualquer questão absurda é irrespondível. Quantas horas cabem em uma milha? Amarelo é quadrado ou redondo? Provavelmente, metade das perguntas que fazemos – metade de nossos grandes problemas teológicos e metafísicos – são assim.

Em O problema do sofrimento, ele simplesmente diz:

O absurdo continua sendo absurdo, mesmo quando estamos falando sobre Deus

A maioria dos evangelistas em sã consciência diriam “como o Super-homem não é real, isso não importa, então vamos voltar a falar de você, do seu pecado e de como Jesus morreu para que você seja salvo”.

E eu faço isso agora. Mas na primeira vez em que fui encurralado entre a cruz de ter que desistir de uma conversa e a espada de ter de admitir em voz alta que eu não sabia de algo, eu instintivamente tentei manobrar nesse caminho tortuoso por meio da lógica. Sim, se o super-homem fosse real e não tivesse um pai humano, ele não teria herdado uma natureza pecaminosa. A razão que me leva a afirmar isso é que Jesus não teve um progenitor humano e nasceu sem herdar a natureza pecaminosa de Adão.

Incidentalmente, eu ainda penso que o Super-homem seria vulnerável à krptonita porque quando Deus amaldiçoou o mundo, essa maldição abrangeu toda a criação (Romanos 8.22; veja tambémBuracos Negros, Universos-Bebês e outros Ensaios, de Stephen Hawking, que explica como a entropia e outras coisas ruins acontecem para estrelas boas).

Mas Paulo nunca escreveu uma epístola a Smallville, no caso de alienígenas humanoides superpoderosos aparecerem. Na verdade, ele instruiu o pastor Timóteo a admoestar “a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé” (1 Tm 1.3-4) e a rejeitar “as fábulas profanas e de velhas caducas” (1 Tm 4.7).

Fique atento, entretanto, porque a questão boba do Super-homem também aparece de formas mais razoáveis ou inócuas. Você já afirmou que ninguém pode ser salvo a não ser por acreditar em Jesus e logo em seguida foi confrontado com essa pérola: “E os nativos do interior da Amazônia/África que nunca ouviram o evangelho? É justo que Deus os mande para o inferno se eles não tiveram a chance de crer?”. Isso pode soar mais sincero que perguntar sobre alienígenas superpoderosos; mas no fim das contas, ambas são tentativas de reconciliar a aparente incongruência entre o evangelho e uma situação que o contesta.

Antecipar esse tipo de resposta pode fazer com que cristão se sintam intimidados ao evangelizar. Você talvez sinta que apenas aqueles com mestrado no seminário ou conhecimento heurístico da apologética pressuposicional de Van Til estão equipados para compartilharem sua fé.

Mas há uma solução muito simples para essa ansiedade. Eu tenho visto isso funcionar em 8 a cada 10 vezes. Você simplesmente responde: “essa é uma pergunta muito boa, e há uma resposta para ela, mas agora eu estou falando do que Jesus fez pelo meu e pelo seu pecado”.

E então o Espírito de Deus faz o resto e você pode botar a cabeça no travesseiro e dormir como um calvinista, sabendo que não há nenhuma carta perdida de Paulo a Smallville.

Fonte: Reforma 21

A heresia da heresia



Quinzenalmente, participo de um encontro chamado Confiteri*. Este é um grupo formado por oito estudantes de teologia que oriento, e que se reúnem para trocar ideias, compartilhar a fé, estudar as Escrituras, tomar café, degustar bons vinhos e, principalmente, discutir temas da teologia.

Com o passar do tempo, percebi que nenhum deles tinha uma definição sólida do conceito de heresia. Resultado: Todo pensamento que não estivesse de acordo com a visão teológica majoritária do grupo era imediatamente rotulado como “heresia”. Não foram poucas as vezes que ouvi expressões como “fulano é um arminiano herege”, “siclano é pós-milenista, não defende uma escatologia ortodoxa”, “aquele beltrano, pastor daquela igreja pentecostal famosa em São Paulo, só prega heresia”.

Aquilo que observei neste grupo de orientandos, não é nada diferente do cenário geral. É fácil encontrar aqueles que chamo de “Tertulianos de Facebook”, “Covers de John Piper”, “Reforma-bitolados”, “Dispen-sensacionalistas”, chamando as pessoas por aí de hereges, perturbadores de Israel, inimigos da fé, e etc, sem ter a menor ideia do que o conceito de “heresia” significa de fato.

Segundo o célebre The Oxford Dictionary of the Christian Church (editado por F. L. Cross e E. A. Livingstone), heresia é a negação de qualquer dogma essencial da fé cristã universal. Tendo isso em vista, a pergunta que se levanta é: Se heresia é negar os dogmas essenciais do cristianismo, então, quais são estes dogmas? A resposta é simples: São os dogmas afirmados nos credos históricos (Credo Apostólico, Credo Niceno-constantinopolitano e Credo de Atanásio). McGrath nos diz que os credos históricos são as declarações de fé que sintetizam os principais pontos da fé cristã – os elementos doutrinários que são compartilhados por todos os cristãos (Alister McGrath, Teologia Sistemática, História e Filosófica, p. 54-63).

É exatamente por isso que afirmamos que na teologia cristã há doutrinas essenciais e doutrinas periféricas. As doutrinas essenciais são aquelas que caracterizam o cristianismo. Ou seja, só é cristão quem afirma esses dogmas. Já as doutrinas periféricas, como o próprio nome sugere, não são essenciais, negá-las não nos faz anti-cristãos, hereges.
Assim, a doutrina da salvação monergística, a inerrância, a teologia do pacto, o batismo por imersão, a incondicionalidade da aliança abraâmica e demais doutrinas não pertencem ao corpo de doutrinas essenciais do cristianismo. Desta forma, questioná-las e até negá-las não é uma heresia.

Teologicamente, o cessacionista não tem o direito de dizer que aquele teólogo pentecostal é herege, simplesmente porque afirma a doutrina da segunda bênção ou a realidade dos dons espirituais na presente era. O calvinista não tem o direito de dizer que o arminiano é um herege. O amilenista não tem razão ou base teológica alguma para dizer que o pré-milenismo é heresia. Todas essas doutrinas são periféricas.

Portanto, o herege é o que nega a doutrina da trindade, o nascimento virginal, a deidade e retorno de Cristo, e os demais dogmas afirmados e sintetizados nos credos. Usar o termo “herege” ou “heresia” para qualquer outro caso, especialmente no caso de divergência quanto às doutrinas periféricas da teologia cristã, demonstra uma completa falta de maturidade teológica. É a heresia da heresia.

* Confiteri é o verbo latino que quer dizer “confessar”.