domingo, 8 de dezembro de 2013

REFUGIADOS SÍRIOS: COMO AJUDAR? MISSÃO DE APOIO A IGREJA SOFREDORA, RESPONDE



siria


Muitos têm nos perguntado sobre como funciona o projeto de apoio a refugiados, e como poderiam nos ajudar. Esse projeto é novo para nós, e confessamos: é tudo muito assustador! Tivemos de alugar um centro espaçoso em Vila Velha, tudo nos últimos 2 meses, e desdobrar o projeto através de vários contatos.
Até agora, são mais de 2 milhões de sírios que deixaram seu país por conta da guerra. Famílias cristãs têm nos procurado, geralmente perseguidas no processo de escape. Os rebeldes têm identificado cristãos na fronteira, o que geralmente termina em assassinato.
As famílias vendem o que possuem e vêm ao Brasil por conta própria. Vale dizer que MAIS não traz refugiados, somente os acolhe. Essa chegada, e sua inserção no Brasil, se dá em 2 etapas:
ETAPA 1: A MAIS os acolhe durante o processo documental inicial. A estimativa é que em 30-40 dias cada indivíduo já tenha 3 documentos importantes: o refúgio provisório, o CPF e a carteira de trabalho. Nossa equipe acompanha todos os protocolos junto à Polícia Federal e os órgãos competentes. Durante esse tempo, eles são cuidados com apoio médico, odontológico, pastoral, emocional. Necessidades: roupas, cestas básicas, alimentos em geral, itens de higiene, remédios. Quanto a voluntários, não podemos aumentar tanto a circulação na casa, pois trata-se de pessoas ainda assustadas, de quem estamos conquistando a confiança. Mas procure-nos por inbox e prometemos avaliar.
ETAPA 2: Com os documentos em mãos, as famílias serão efetivamente inseridas na comunidade brasileira, o que é desafiador. A maioria não ficará em Vila Velha: estamos em contato com igrejas e empresas de comunidades árabes, por facilidades de ajuste cultural e lingüístico, em cidades como Foz do Iguaçu, SP, Rio e Anápolis. Uma igreja brasileira poderia receber uma família de sírios; mesmo uma empresa poderia fazê-lo diretamente. Mas como somos responsáveis por tudo isso, especialmente perante o CONARE (órgão competente para cuidar das questões dos refugiados, instalado no Ministério da Justiça em Brasília) e o ITAMARATI, precisaremos supervisionar o processo.
NOSSAS NECESSIDADES IMEDIATAS: A quantidade de sírios vai aumentar. Até 20/12 teremos 30 pessoas entre nós, entre adultos e crianças. Essas já estão confirmadas. Mas o número pode triplicar até fevereiro de 2014, e jamais vamos negar ajuda. Mas nossa estrutura fica ainda devendo. Precisamos construir 2 banheiros amplos, reformar uma cozinha industrial e criar uma lavanderia, isso tudo com máxima urgência. Não esperávamos por isso. Estamos orçando que precisemos de aproximadamente R$ 30 mil para esta fase.
Pode nos ajudar?
MISSÃO EM APOIO À IGREJA SOFREDORA
CNPJ 12.492.298/0001-83
BANCO DO BRASIL
Agência 1240-8
Conta Corrente 110050-5
BANCO ITAÚ
Agência 0937
Conta Corrente 44077-4

Aos 95 nos, morre Nelson Mandela



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 faleceu aos 95 anos o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Manchete em todos importantes jornais do mundo, Mandela deixa uma vasta e admirável biografia. Líder conhecido por sua luta pelo fim da segregação racial na África e por envolvimento com questões humanitárias, ele nos deixa um legado de perseverança ante o sonho de ver um mundo de paz e sem injustiças.
O site Gospel Prime veiculou a seguinte matéria abaixo, acompanhe.

Morre Nelson Mandela, conheça o testemunho cristão do líder africano

A morte de Nelson Rolihlahla Mandela hoje (5), mostra sua importância como uma das figuras mais reverenciadas do mundo. Ele foi preso político na África do Sul durante 27 anos. Ao sair, consagrou-se como uma dos maiores opositores do apartheid. Tornou-se presidente e governou sua nação entre 1994 e 1999.
Em 1993, recebeu o prêmio Nobel da Paz. Depois que deixou a presidência, passou a se dedicar a campanhas contra a Aids na África do Sul, visando diminuir os casos da doença que ainda é um grande problema no continente africano. Depois de se aposentar da vida pública em 2004, raramente era visto em público. A última aparição foi em 2010, na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo.
Ao partir deste mundo aos 95 anos deixa um legado histórico. Mas poucos lembram da fé do primeiro presidente negro da África do Sul.
Em sua autobiografia, Long Walk to Freedom [Um Longo Caminho para a Liberdade], Mandela conta sua conversão ao cristianismo. Ele vem de uma família evangélica metodista: “A Igreja estava tão preocupada com este mundo quanto com o céu. Eu vi que praticamente todas as realizações dos africanos pareciam ter surgido através do trabalho missionário da Igreja”.
Em Long Walk, que deverá chegar aos cinemas em 2014, Mandela lembra como se tornou membro da Associação de Estudantes Cristãos e dava aulas aos domingos em escolas bíblicas nas aldeias vizinhas. Tendo estudado em escolas evangélicas até o ensino médio, sempre defendeu o poder transformador da educação.
Também conta como, algumas semanas antes de ser eleito presidente, pregou num culto de Páscoa de uma igreja cristã. Após ler as bem-aventuranças, começou a louvar a Deus por que “nosso Messias ressuscitado não escolheu uma raça, não escolheu um país, não escolheu uma língua, não escolheu uma tribo, mas escolheu salvar toda a humanidade! ”
Makaziwe Mandela, sua filha, contou que com a saúde cada vez pior, “O que fazemos a cada dia é pedir graça ao bom Deus… Ele está em paz consigo mesmo, já deu tanto para o mundo. Acredito que ele está pronto para partir em paz”.
Embora nem sempre destacado pela imprensa, Madela, assim como Martin Luther King Jr., pautou sua luta pelos ensinamentos de Cristo. Não advogava a violência e sempre falava sobre seu compromisso com Cristo. Uma das ideias que mais difundiu nos anos que governou foi “perdão”, evitando que se iniciasse um processo de descriminação reverso na África do Sul. No famoso sermão da Páscoa de 1993, Mandela proclamou: “Cada Páscoa marca o renascimento da nossa fé. Marca a vitória do nosso Salvador ressuscitado sobre o suplício da cruz e da sepultura”.

Polêmica Sobre a Doença e a Morte no Meio Evangélico



doença 

Uma reflexão sobre as crenças antibíblicas no meio evangélico sobre doença e morte
“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança” (Tg 1:2-3)
Um dos grandes problemas na igreja de hoje é a busca pelo contentamento pessoal em detrimento dos princípios bíblicos. Por essa razão muitas pessoas têm se revoltado contra Deus quando a dor e o sofrimento batem à porta.
Ainda, quando alguém lhes fala sobre a verdade do sofrimento bíblico na vida cristã, isso parece tão absurdo e revoltante que se jogam contra quem lhes comunica essa verdade da Escritura da mesma forma que um lutador de sumô se lança contra o seu oponente.
Rapidamente, sentimentos como ira, indignação e revolta afloram contra quem afirma que o crente pode ficar doente e até morrer como resultado da vontade de Deus. Os seguidores do Movimento da fé se revoltam quando afirmamos que isso pode ocorrer como um meio do Senhor ser glorificado. Esse tipo de mensagem é tão rejeitada nos dias de hoje que qualquer um que fizer tal afirmação é visto rapidamente pelos seguidores deste Movimento da Fé como um inimigo do cristianismo ou como alguém que vive uma vida medíocre, alguém que não recebeu a palavra revelada. Principalmente porque aqueles que não aceitam o sofrimento como algo vindo de Deus se acham supercrentes, pequenos deuses. Os seguidores desse Movimento perpetuam seu erro ao pensar que há poder em nossas palavras, o que na verdade é uma crença oriunda do hinduísmo e não do cristianismo. São cristãos na denominação e hindus na prática.
Muitos questionam se é correto falar sobre as distorções bíblico-teológicas quando algum proponente desse Movimento da Fé morre. Muitos dizem que isso é abusar da dor alheia, desrespeitar o sofrimento do próximo e até fazer uma demonstração pública e inconveniente de falta de amor.
Em primeiro lugar, é preciso compreender que a essência do amor bíblico não se resume à um mero sentimento, mas a uma atitude que está alicerçada na verdade da Escritura. O amor bíblico é guiado não por palavras suaves, agradáveis e que acariciam o ego dos seus seguidores, mas pela verdade. E é esta verdade que deve ser a marca da Igreja, dos seguidores verdadeiros de Jesus Cristo. Devemos entender que o compromisso verdadeiro do cristão não é falar bem, mas falar a verdade, pois a Igreja de Cristo – antes de mais nada – deve ser conhecida como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3:15).
Hoje vivemos em meio a uma Igreja que abraçou o discurso do politicamente correto, e por isso, qualquer um que fale a verdade desmascarando o erro será visto não como um fiel, mas como um radical, extremista, fundamentalista e “xiita” evangélico. O problema com isso, é que se Jesus é o nosso modelo e exemplo, precisamos entender que Ele mesmo escolhia muito bem as palavras para falar com aqueles que distorciam as Escrituras, chamado-os de “falsos”, “hipócritas”, “filhos do diabo” etc.
Então, como será que seremos vistos hoje se agirmos da mesma forma? E mais, como será que o próprio Jesus seria visto e recebido em certas “igrejas” se mantivesse o mesmo discurso da Sagrada Escritura? Certamente, Ele mantém o mesmo discurso e sua mensagem é bastante dura contra a Sua Igreja, como podemos constatar se estudarmos Apocalipse 2 e 3.
“Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1Pe 4:17)
Entendemos que alguns argumentem que não se deve falar das distorções doutrinárias no momento da morte de alguém que propagava tais práticas, mas também é exatamente nesse momento que muitos têm se aproveitado da situação para fortalecer a crença no erro da Confissão Positiva.
O cuidado, porém, deve ser tomado para que não se façam acusações pessoais, pois a nossa luta não é contra pessoas, contra indivíduos, e sim contra as distorções doutrinárias, contra ensinos. Portanto, é preciso buscar demonstrar a incoerência dos ensinos de tais pessoas. A nossa questão não é quanto a sua vida particular, ou seus aspectos pessoais, e sim quanto a questão bíblico-teológica. Devemos nos ater a questão doutrinária. E na questão doutrinária os seguidores deste Movimento ensinam que a doença é fruto do pecado individual.
Por tudo isso, esse é o momento exato e propício para se tratar da questão doutrinária e não pessoal.
Por experiência própria, já vimos proponentes desse movimento morrer vítimas de câncer e como ninguém se pronunciou na época, o assunto esfriou e depois passaram a dizer que o falecido não morreu de câncer, que ninguém questionasse o motivo de sua morte porque Deus poderia dizer “não é de sua conta”. Ou seja, a mentira foi perpetuada porque ninguém ousou questionar os desvios na época do falecimento, em respeito aos que estavam sofrendo. Por isso, se deixamos o tema esfriar, a heresia será mantida e depois os fatos serão distorcidos. Já chegaram e dizer que o falecido só morreu porque alguns irmãos o liberaram para isso, pelo poder de suas palavras.
Se deixarmos a ocasião passar, a distorção e o erro doutrinário serão mantidos e perpetuados, como já vem sendo há bastante tempo.
Se fazemos o que fazemos, não é por falta de sensibilidade à situação daqueles que estão sofrendo, mas exatamente porque nos preocupamos com a situação espiritual daqueles que sofrem.
Fazendo uma analogia, por que é que os pastores pregam nos velórios e aproveitam a situação para fazer apelos de salvação?
Será que estes pastores estão sendo insensíveis com a situação e querem tirar proveito da fragilidade de quem está sofrendo pelo falecido? Ou será que é porque eles sabem da verdade espiritual e querem usar a situação para abrir os olhos dos ouvintes para a verdade, já que estão sensíveis naquele momento?
O mesmo princípio se aplica aqui. Digo isto por experiência própria e pessoal. Algumas pessoas do Movimento da Fé já têm nos procurado porque estão “em parafuso”, pois a verdade foi apresentada na época da morte de seus líderes, especialmente porque estes mesmos líderes afirmaram em vida que haviam sido curados. Nesse momento, muitos estão sem entender e estão buscando respostas, já que foram ensinados de forma errada durante toda a vida.
Por outro lado, a falta de argumentos bíblicos de tais pessoas tem levado-os à falta de domínio próprio e à ira, que são pecados da carne, fazendo com que tais pessoas leiam certas coisas e não entendam, porque a ira cega o entendimento. Por isso, é necessário termos mansidão e temor na nossa exposição da verdade bíblica, como diz 1Pe 3:15.
Diante de tudo isso, acreditamos que é preciso esclarecer mais alguns pontos:
1) Não defendemos que Deus não cura. Cremos que Deus pode curar sim. Mas isso ocorre dentro de Sua vontade e soberania, assim como também pode decidir não curar, dentro de Sua vontade e soberania, da mesma forma;
“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” (Mc 14:36).
2) Qualquer pessoa, seja crente ou não, pode adoecer de qualquer tipo de doença. Por exemplo, a incidência de câncer em minha família é grande. Então, provavelmente eu sou propício a ter essa doença no futuro. Contudo, se esse for o caso, deverei continuar adorando, glorificando e honrando ao meu Deus da mesma forma, porque precisamos aprender a viver contentes em toda e qualquer situação. Se uma doença tira a paz e a estabilidade daquele que diz seguir a Cristo, existe algo errado em sua fé. O Jesus Cristo da Bíblia não desestabiliza ninguém por causa de uma doença. Antes disso, o fortalece em meio a tempestade. Devemos lembrar que Cristo não impediu que os apóstolos enfrentassem tempestades, mas estava com eles no barco;
“Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos” (2Co 1:6)
3) Devemos adorar o nosso Deus por quem Ele é, e não por aquilo que Ele nos dá. Então, a nossa adoração à Deus e o nosso serviço à Ele devem ser dados de forma incondicional. Aqueles que só querem aceitar de Deus aquilo que lhe agrada e que lhe é conveniente são interesseiros e o seu relacionamento com Cristo não é sincero nem verdadeiro. Devemos lembrar o próprio Jó disse, sobre sua esposa que era uma louca: “Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:10). O fato, aqui citado, é que muito embora Satanás tenha afligido a Jó, ele mesmo disse que o mal veio de Deus. Isso mesmo! O mal veio de Deus e a própria Bíblia diz que Jó não pecou por dizer isso. Então é pecado dizer o contrário daquilo que a Bíblia revela. O pecado está em dizer algo que é contrário àquilo que a sagrada Escritura estabelece como verdade;
“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12:7-9)
4) Não podemos esquecer que agradou a Deus “moer” Jesus (Is 53:10); Que Deus é quem faz a ferida e cura, se Ele quiser, e que não há quem escape da mão Dele (Dt 32:39); Que a doença também é um meio que Deus usa para glorificar o Seu Soberano nome, como no caso de Lázaro (Jo 11:4); Que o homem cego, nasceu cego “para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9;2,2);
“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas” (Is 45:7)
5) Não podemos esquecer que em muitos casos Deus não livrou seu povo do sofrimento, dor e aflição, mas esteve com ele em meio a tudo isso. E que por muitas vezes Deus os deixou morrer porque era necessário que assim fosse, a exemplo dos apóstolos. Ainda assim, e diante de tudo isso, Ele continua sendo Deus!;
“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18)
Por último, entendemos que a ira dos seguidores do Movimento da Fé contra a verdade bíblica revelada de forma clara e inequívoca se manifesta porque os alicerces de madeira podre de seu palácio de cristal estão sendo abalados. Aquilo que tanto sonhavam alcançar é ameaçado e a única defesa de que não tem respaldo bíblico é a ignorância e brutalidade da violência, nem que esta seja verbal. Mas precisamos nos lembrar que os verdadeiros filhos de Deus devem ter, em si, o fruto do Espírito, a começar pelo verdadeiro amor bíblico que está alicerçado na verdade e passando pelo domínio próprio.
Que façamos como os crentes de Beréia que examinavam “cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11).
Pr. Robson T. Fernandes

Show superfaturado de Fernanda Brum coloca secretária de Cultura de Cachoeiro-ES no banco dos réus



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Cristiane Fagundes Paris – Secretária da PMCI
O Ministério Público denunciou e a Justiça acatou superfaturamento no show da cantora gospel Fernando Brum, realizado em julho de 2012, pelo valor na época em de R$ 110 mil, através da O.ES Consultoria e Assessoria Fonográfica Ltda.
A quantia superfaturada saiu em dos cofres públicos em junho e julho de 2012 , R$ 110 mil por um show da Fernanda Brum no dia 25 de março do ano passado.
Estão no banco dos réus por crimes de improbidade e outros relacionados ao assalto aos cofres públicos, a Secretária Municipal, ordenadora de despesas, Cristiane Resende Fagundes, a empresa citada e seus sócios Marcelo Leite da Silva e Edson da Silva Cruz.
O Ministério Público apurou que o show da artista evangélica, de renome nacional, vale quatro vezes menos o valor pago pela Prefeitura de Cachoeiro-ES. O processo se encontra na Justiça da Fazenda Pública de Cachoeiro de Itapemirim em fase de sentença.
Esta prática de superfaturamento de shows artísticos é comum em algumas Prefeituras, principalmente a de Cachoeiro de Itapemirim em que a Secretária já responde por quase uma dezena de processos pelas mesmas práticas.
Tentamos entrar em contato com a cantora Fernanda Brum, pelos números disponibilizados no seu site oficial, mas ninguém quer falar sobre o assunto e nem sobre a empresa que a contratou.
A cantora não figura como parte do processo, apenas a empresa que a contratou. E não se sabe na intermediação com quanto ela ficou dos recursos da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim-ES, terra de Roberto Carlos.

Babel, Babilônia e Brasil


Por Valdemar Figueredo

É o abuso de poder eclesiástico que torna crível o absurdo megalomaníaco.

Não era uma construção qualquer - afinal, era uma obra para ser vista e admirada. Tocar no céu, dizia-se. Altura e imponência eram fundamentais, ainda que a massa de trabalhadores vertesse sangue e suor sob os blocos de pedra. Valia tudo para poder tocar no céu, e os olhos dos poderosos voltavam-se para o alto. Quem muito observa as pessoas da base, pensam alguns líderes pragmáticos, não conseguirá explorar as alturas. A torre de Babel não precisava de reboco nem tinta: seria revestida de alto a baixo pela pele de gente crédula, pintada por dentro e por fora com o sangue crente.

Quando alguém reivindica a legitimidade do seu poder citando suas construções tangíveis, ficamos a pensar: a liderança espiritual justifica sua legitimidade de que forma? A dúvida ocorre porque, nessa lógica, os líderes religiosos precisarão tornar suas obras espirituais suas obras espirituais em coisas concretas. Eis uma das nuances do pragmatismo: os resultados obtidos justificam tudo o que foi feito e legitima o poder daquele que coordenou as ações. Líderes personalistas pragmáticos mandam os entulhos para as periferias, onde aterrarão os caminhos escabrosos. Nada se perde. Cada coisa no seu lugar. A torre no centro; os entulhos, na periferia. E o líder no meio de tudo. Entre outras coisas, a torre é ótima para servir de referência de poder.

A linha divisória entre o pragmatismo personalista e a megalomania costuma ser tênue. Muita gente diz que Deus merece o melhor, enquanto alimenta seu próprio delírio de grandeza. Construtores que pouco se importam com as coisas criadas ou com as muitas pessoas que o ajudam a construir torres altíssimas só têm olhos para si mesmos. A altura da torre será proporcional ao tamanho do seu delírio. Ou seja, estamos falando de pessoas que agem em nome de Deus com sérios transtornos, com a percepção da realidade seriamente afetada.

Esse delírio assume sua força quando é embalado no discurso da fé. O apelo da fé é poderoso a ponto de transformar a razão em estupidez e tornar o delírio de um insensato em torpor coletivo. É o abuso de poder eclesiástico que torna crível o absurdo megalomaníaco. Babel era um monumento à insanidade de um povo sob uma liderança megalomaníaca. Nabucodonosor, então, vira um tipo comum – o sujeito cheio de poder que perde a sanidade. O muito já não basta. “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade” (Daniel 4.30). Justiça seja feita: são poucos os líderes religiosos megalomaníacos que, à semelhança do senhor de Babilônia, declaram tão explicitamente que o muito que realizam destina-se à glória da própria majestade. Na tradição cristã, fica feio o discurso ufanista de exaltação própria; então, os “nabucodonosores” contemporâneos são mais refinados, para não falar dissimulados. Aí, vem a justificativa oficial: “Tudo isso é para a glória de Deus.”

Mas houve confusão. Em Babel, todos são estranhos! Confusão das línguas ou sobreposição de egos? Nas igrejas brasileiras, as divisões pouco ou nada têm a ver com métodos ou posições teológicas. Trata-se de disputas de líderes pragmáticos megalomaníacos. Mania de grandeza é confundida com visões divinas, enquanto, ao pé da torre ou nos jardins suspensos, o que se vê é uma feira de egos – e o que era para ser ponto de encontro vira lugar de desavenças. A obra mais visível em Babel eram as relações humanas destruídas. Em Babilônia, também se viam coisas feias – no meio do esplendor, desconfiança e ressentimento. Daí, tudo fica dependendo da figura do líder. Enquanto ele for capaz de renovar seu carisma, o projeto permanece. Em Babel, na Babilônia ou no Brasil, como aferir se a obra de um é maior do que a de outro? Ora, através da comparação. Então, não basta construir algo admirável - é preciso construir o mais admirável: “Tornemos célebre o nosso nome”... As comparações desleais difamam as obras alheias.

Jesus, com muita frequência, dirigia-se às intenções dos líderes pragmáticos megalomaníacos do seu tempo. O Mestre jamais tentou erguer uma torre em Nazaré, ou uma cidade na Galileia. Os megalomaníacos ficaram desconcertados, uma vez que os termos das suas disputas foram ignorados e ridicularizados. Jesus era um líder sem a chave da porta do templo, e não vestia estola sacerdotal. Um de seus discípulos admirou-se: “Mestre! Que pedras, que construções!” Vale conferir a resposta em Mateus 13.1.

Por que tantas pregações tão ruins?



Por Carl Trueman 
A pregação é fundamental para o protestantismo. A proclamação da palavra de Deus é o meio primário pelo qual o cristão encontra Deus. Assim, a pergunta óbvia é: por que tantas pregações são tão ruins?

Esse não é um problema encontrado apenas em pequenas igrejas das quais ninguém jamais ouviu. Alguns anos atrás eu estava em uma conferência onde um grupo de pregadores estava sendo apontado como modelos para serem seguidos. Um desses pregadores, de uma das maiores e mais conhecidas igrejas evangélicas do universo dos novos calvinistas fez um sermão cheio de belas anedotas pessoais. Ao fim, ele havia enternecido meu coração em seu favor, como pessoa. Mas como pregação, aquilo foi simplesmente terrível, funcionalmente desconexo do texto bíblico que havia sido lido. Sinceramente, ele poderia muito bem ter substituído a leitura bíblica por um solilóquio de Rei Lear e não precisaria mudar uma sentença sequer do sermão. Pode ter sido eloquente e emocionante; mas, como pregação, foi uma completa catástrofe. E, infelizmente, foi uma catástrofe apresentada para uma multidão de milhares como o modelo do que se fazer no púlpito.

Afinal, por que tanto das pregações, mesmo as das celebridades das conferências, é tão ruim? É impossível responder essa questão em apenas uma frase. Sermões podem ser ruins por uma variedade de razões. Aqui estão oito que me parecer ser as mais significativas. Eu as dividi em categorias: teológica, culturais e técnicas.
Teológica

Primeiro, a razão teológica: para pregar bem, o pregador precisar entender o que ele está fazendo. Entender o que é uma tarefa é básico para fazer bem essa tarefa. Se você pensa que pregação é apenas comunicar informações, entreter ou fomentar uma discussão, isso vai moldar a forma com que você prega. O maior perigo para os estudantes nos seminários é que eles assumem que as aulas que eles ouvem são modelos para os sermões que eles vão fazer nos púlpitos. E não são. Pregação é um ato teológico. O pregador encontra seu correspondente não nos auditórios ou salas de aula nem, na pior das opções, no circuito de stand-up comedy. Ele o encontra nos profetas do Antigo Testamento, trazendo uma palavra de confrontação do Senhor que explica a realidade e demanda uma resposta.
Culturais

Em segundo lugar, há uma falha em prover um contexto apropriado para o treinamento dos pregadores. Os seminários tem um poder limitado; pregar três ou quatro vezes para seus colegas de classe e ser filmado enquanto isso não é uma preparação adequada para o púlpito. E a estranha prática de desencorajar pessoas que não foram licenciadas para tal não ajuda. Como alguém pode licenciar alguém para pregar a não ser que se saiba se ele consegue pregar? E como alguém vai saber fazê-lo se não tiver experiências reais em uma igreja real? A falta dos cultos noturnos em muitas igrejas não é apenas um triste testemunho sobre a perda do Dia do Senhor; também limita as oportunidades de pregação para aqueles em treinamento. Igrejas precisam fazer um trabalho melhor em encorajar aqueles que pensam que foram chamados para serem pregadores para testarem seus dons, talvez em cultos noturnos ou em outras situações. Basta pensar um pouco.

Em terceiro, há uma relativização da palavra pregada e o crescimento da ênfase no aconselhamento pessoal. Eu não estou negando a utilidade do aconselhamento pessoal, mas estou dizendo que a maioria dos problemas que muitos de nós temos deveriam ser lidados muito adequadamente por meio da proclamação pública da palavra de Deus. O mundo ao nosso redor nos diz que somos todos únicos e temos problemas igualmente únicos. Essa conversa sobre exclusividade é bastante exagerada. Precisamos criar uma cultura eclesiástica onde a exclusividade é relativizada e onde pessoas vêm à igreja esperando que a palavra pregada irá lidar com seus problemas particulares. Fico abismado com o fato de que, por mais que Paulo faça algumas aplicações individuais bastante pontuais, ele normalmente opera em um nível mais genérico. Seminários deveriam fazer da pregação a prioridade em todos os níveis; pregadores deveriam aprender a pregar com a confiança de que irão impactar indivíduos para o bem ao falarem com todos eles do púlpito.

Em quarto, há, às vezes, um fracasso em estabelecer a própria voz. Tendo sido convertido na década de 80, eu me lembro que não havia nada mais vergonhoso do que ouvir mais um pregador britânico que havia decidido que deveria soar exatamente como o Dr. Lloyd-Jones e pregar por tanto tempo quanto o grande Galês pregava. Muitos sermões brilhantes de meia hora eram implodidos pela necessidade do pregador de esticá-los até a marca de cinquenta minutos.

Hoje, talvez, o problema seja pior. Há alguns anos, questionei um grupo de estudantes sobre quem eram seus modelos favoritos de pregação. Nenhum deles mencionou qualquer dos pastores sob quem eles haviam crescido. Os nomes todos pertenciam ao pequeno e limitado grupo do circuito de pregação das megaconferências.

Isso é desastroso por mais razões, mas não menos pelo fato de que essas conferências apresentam consistentemente como normativo um espectro muito limitado de vozes e estilos. Cada pregador precisa encontrar sua própria voz; a tragédia é que a dinâmica de preencher cinco ou dez mil assentos em um estádio significa que a única voz ouvida é aquela daquele capaz de atrair tanta gente. Mas muitas dessas vozes pastoreiam igrejas onde há pouco contato entre o pastor e o povo. Eles podem encher estádios, mas não são as únicas vozes que os aspirantes a pregadores deveriam ouvir. O tempo e o acaso podem transformar homens em pastores de mega-igrejas. Muitos pregadores muito melhores operam em igrejas menores e são eles que realmente podem testemunhar sobre a importância de se encontrar a própria voz.

Em quinto, nos círculos presbiterianos, pelo menos, é possível que se tenha uma imagem muito grande do ministério. Isso é contra-intuitivo, particularmente vindo de um presbiteriano que acredita que uma visão grande do ministério pastoral é um aspecto importante de uma igreja saudável. O que eu quero dizer aqui é: se a cultura da sua igreja projeta uma imagem tão alta do ministério a ponto da congregação pensar que o ministério ordenado é o único chamado digno para um homem cristão, a consequência infeliz é que homens que não tem as habilidades básicas para serem ministros irão, apesar disso, sentir a necessidade de serem ministros, para poderem servir da melhor forma. E homens, no ministério, que realmente não tem as habilidades pessoais necessárias para pregar não irão pregar bem. Precisamos de igrejas onde um entendimento saudável da vocação cristã é ensinada e cultivada, para que os homens não sintam esse tipo de pressão.
Técnicas

Há muitos aspectos técnicos na pregação, mas aqui estão três das mais comuns falhas técnicas que geram pregações ruins:

A falha da falta de estrutura clara. Minha impressão é que pregadores em treinamento muitas vezes assumem que a estrutura do sermão que prepararam é tão clara para a congregação quanto é para eles. E raramente é. Pregadores experientes conseguem tornar a estrutura clara simplesmente por meio de clareza de pensamento, progressão lógica e sentenças bem conectadas. Até que se atinja esse nível, eu aconselho os estudantes a esclarecerem logo no início qual é a estrutura. “Os três pontos que eu quero que vocês vejam nessa passagem são…” pode ser uma forma muito mecânica de começar a seção principal de um sermão, mas pelo menos deixa claro quais são os objetivos do pregador.

A falha de não conhecer ou não entender a congregação. Isso se manifesta de muitas formas. Normalmente, para estudantes e pregadores recém ordenados, se manifesta em entupir o sermão com o máximo possível de linguagem teológica especializada (conhecida na sala de aula como “terminologia técnica” e no púlpito como “conversa fiada”). O importante não é impressionar a congregação com o seu conhecimento. É apontar as pessoas para Cristo da forma mais clara e concisa possível.

A falha de não saber o que deixar de fora. Talvez, depois da falta de uma estrutura clara, essa é a falha mais comum entre os pregadores em treinamento. Você já leu tudo que poderia sobre a passagem; agora você quer dizer à congregação tudo o que você aprendeu. Você não pode fazer isso. Não faça a congregação beber de um hidrante. Pense com cuidado sobre quais são as coisas mais importantes para essa congregação nesse momento (o que requer, é claro, conhecer alguma coisa sobre a congregação) e foque nisso. Todo aquele material fascinante restante? Bom, use em outro sermão sobre a mesma passagem um dia.