quarta-feira, 2 de abril de 2014

Eu não mereço ser estuprado. Ponto!

Por Mauro Meister 

Muita polêmica em torno do óbvio e de perguntas muito mal feitas e, consequentemente, mal interpretadas e mal usadas em diversas agendas. Digo o seguinte, e não espere uma sequência lógica de argumentos, se não um desabafo desordenado no final do dia:

1. Ninguém merece ser estuprado! Nem mulher, nem homem, nem religioso ou ateu, nem velho, nem criança, nem homossexual, nem prostituta, nem jornalista, nem tímidos ou extrovertidos... será que é preciso estabelecer categorias de quem não merece ser estuprado? Ninguém merece isso, nem o insano que pensa que outro merece ser estuprado (eles existem!). 

2. Ninguém merece ser atacado. Isto vale para todos os seres humanos. É por isto que temos leis que devem ser respeitadas, inclusive aquelas que dizem respeito à moral, os bons costumes, respeito a valores que a sociedade construiu durante décadas e que encontram-se em baixa no meio da população contemporânea e que prezam mais o valor das ideias individuais do que o que diz respeito a todo mundo: “o corpo é meu e eu faço dele o que quiser”. Se assim for, tudo é permitido e as leis contra, por exemplo, drogas, deveriam mesmo ser extintas. Não é isto que querem os consumidores de drogas e abolicionistas da canabis? Isso é só o começo, mais virá a frente.

3. Ninguém merece ser ameaçado e nem intimidado. A única coisa que deve ameaçar um ser humano é sua própria consciência e a lei, que afirma quais são os direitos e os deveres do cidadão e, consequentemente, as penalidades que ‘ameaçam’ aqueles que quebram a lei. Até mesmo Deus, ao tratar com o homem, trata-o conforme a sua santa lei e a consciência, afirmando que esta o condena.

4. Ninguém merece responder as questões conforme feitas na pesquisa do IPEA. Conforme bem exposto por Felipe Moura Brasil na sua matéria A culpa do estupro não é da mulher, mas a da confusão é da pesquisa do IPEA! Essa, sim, merece ser “atacada”! Não vou me delongar aqui. A pesquisa é mal feita!

5. Ninguém merece a rápida e tola conclusão de boa parte da mídia: 65% da população pensa que mulheres que mostram o corpo merecem ser estupradas. Estou quase batendo de porta em porta aqui no meu prédio para ver se a pesquisa se confirma, mas tenho cá minhas dúvidas. Afinal de contas, o que significa “merecer ser atacada”? Tem algo de podre no reino da dilmamarca. Da tolice da pergunta, à conclusão tola, porém, óbvia e imediata, já ouvi várias vezes no rádio e televisão: 65% da população pensa que mulheres que mostram o corpo merecem ser estupradas (porque a próxima questão diz “Se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros.”)

6. Ninguém merece viver numa sociedade que ataca e explora qualquer pessoa! Existe mais violência contra aquele que é mais fraco? Sim, existe! Existe mais violência contra a mulher do que o homem? Digamos que sim, que o homem, normalmente, por ter mais força física que a mulher, tende a agredir e querer resolver disputas na força física. Assim também são atacados todos, todos os dias. Hoje mesmo vi na TV a cena dantesca de uma caixa de supermercado ser assassinada a sangue frio, diante de câmeras, pela seguinte razão: nenhuma. O fato é que a vida numa sociedade sem valores, não tem valor. 

7. Ninguém merece viver com leis que não são severas e realistas e governos que não usam sequer a fraca a lei para punir quaisquer crimes, inclusive o estupro! Felipe Moura Brasil publicou em outro artigo o que a população brasileira, de fato, pensa sobre estupradores: “Mas o que a população brasileira realmente pensa a respeito de estupradores? Eu conto: de acordo com uma pesquisa de 2010 do Núcleo de Estudos da Violência da USP, 39,5% dos entrevistados acham que estupradores merecem pena de morte, 34,3% defendem prisão perpétua e 11,1% apoiam prisão com trabalhos forçados. Ou seja: a imensa maioria da população defende penas tão duras aos estupradores que elas sequer estão previstas no nosso Código Penal. Ou ainda, traduzindo para o idioma do IPEA: nenhum outro criminoso “merece” tanto a pena de morte, para os brasileiros, quanto o estuprador.” Não é que nosso povo é mesmo esquizofrênico? É a favor do estupro se a mulher mostrar o corpo e depois, de aplicar a pena de morte porque o estuprador fez aquilo que a mulher merecia!?!?
Tinha ainda mais a desabafar, mas tenho que fazer o jantar. Pura opressão feminina!

Você é uma metamorfose ambulante?



Por Josemar Bessa

Consistência! Quão raro isto é em nossos dias. Estamos sempre reavaliando o custo e fazendo ajustes quando vemos que o compromisso com a Verdade e o desdém do mundo é um peso que não queremos suportar. Queremos que o mundo nos ache relevantes, interessantes, antenados...

A Bíblia nos conta a história de quando Sodoma foi saqueada e seus habitantes levados cativos, entres eles Ló, sobrinho de Abraão, por alguns reis que se uniram contra a cidade. Abraão, por causa de Ló, perseguiu os reis que tinham saqueado Sodoma, os venceu, libertou a todos...

O rei de Sodoma disse a Abraão: “Fique com todos os bens, só quero que libertes meu povo”. A resposta de Abraão é a de um homem consistente em todos os sentidos que possamos imaginar: “Eu não aceitarei NADA que pertence a você” ( Gênesis 14.23) – Nada que pertence a Sodoma. Havia muitos bens envolvido ali.

A resposta de Abraão não da espaço para negócios com o mundo. Ele fez uma escolha absoluta. Quando o rei de Sodoma fez sua oferta, Abraão não disse que por hora não aceitaria, mas que oferta era agradável... Abraão não disse: “Lutei muito, corri grande risco, tudo não, mas a metade eu pegarei, você está sendo gentil e agradecido...” – Ou então ele poderia ter dito que naquele instante ele não precisava, mas que se um dia fosse necessário, ele procuraria o rei de Sodoma.

Sua resposta deveria ser o paradigma para todos os que vivem neste mundo para Deus, ele disse: “Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, Jurando que desde um fio até à correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão” -Gênesis 14:22-23

É uma resposta absoluta, não deixa margem para nenhuma dúvida, nenhum recuo. Abraão repete a palavra “NADA” duas vezes. Ele explica detalhadamente, diz que exclui até um fio de uma pela de roupa ou liga de uma sandália, que dirá as coisas preciosas... Ele jura diante de Deus que essa é sua posição e permanecerá nela naquele dia, e no futuro – ou seja, independente das necessidades que ele pudesse vir a ter, ele não queria NADA do rei de Sodoma.

Uma das grandes fraquezas da igreja de nossa geração é que pouquíssimos estão dispostos a serem consistentes em seu compromisso com a Palavra, com a Verdade, com Cristo...

Há compromissos, mas são frágeis, indiferentes, sempre prontos a mudanças, arranjos, reavaliações... O mundo tem muito para oferecer, como o rei de Sodoma naquele dia. Você é uma metamorfose ambulante?

A fé e a certeza da salvação

Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Há uma estreita conexão entre a fé em Cristo e a certeza da salvação. Foi o próprio Jesus quem disse: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47). Alguns cristãos sinceros pensam que é impossível ter certeza da salvação e vivem inseguros e sem deleite espiritual. Outros, movidos pela presunção, ostentam uma falsa segurança de salvação e vivem confiados em si mesmos para entrar no céu. É preciso gritar a plenos pulmões que a salvação é uma dádiva de Deus e não uma conquista humana. É oferta da graça e não resultado das obras. É recebida pela fé e não pelos rituais religiosos. Consequentemente, nenhum homem pode vangloriar-se de sua salvação. Se a salvação fosse por méritos, então, o homem teria de que se gloriar, mas como ela é oferta da graça, o homem só pode se curvar e agradecer a Deus por tão grande dádiva.

Porque a salvação é presente de Deus, independente de mérito humano, quando cremos no Senhor Jesus e o recebemos pela fé como Salvador pessoal podemos ter certeza da salvação. Essa garantia nos é dada pelo próprio Salvador. Jesus não poderia ter sido mais enfático: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47). O verbo “ter” está no presente do indicativo. Quem crê em Jesus não teve nem terá a vida eterna, mas tem a vida eterna. É uma posse imediata e segura. O apóstolo João, nesse mesmo viés, escreveu sua Primeira Carta para que os crentes pudessem ter essa certeza: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1Jo 5.13). Jesus disse de forma insofismável: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.27,28). Aqueles que creram em Cristo nasceram de novo, foram selados pelo Espírito Santo, têm seus nomes escritos no livro da vida e estão assentados com Cristo, nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade. A salvação daqueles que creem em Cristo é assegurada por Deus e nele podemos confiar, pois não é homem para mentir.

É importante enfatizar que a fé não é a causa meritória da salvação; é sua causa instrumental. Não somos salvos por causa da fé, mas mediante a fé. Somos salvos pelo sacrifício de Jesus feito na cruz em nosso lugar e em nosso favor. Jesus cumpriu a lei por nós e satisfez todas as demandas da justiça divina. Ele quitou a nossa dívida e com o seu sangue nos resgatou para Deus. Ele se identificou conosco e morreu a nossa morte. Agora, aqueles que estão em Cristo estão quites com a lei de Deus e com a justiça de Deus. Morremos com Cristo e ressuscitamos com ele para uma nova vida. Agora nenhuma condenação há mais para nós, pois estamos em Cristo Jesus. O Pai nos justificou, o Filho morreu por nós, ressuscitou e está intercedendo em nosso favor e o Espírito nos selou para o dia da redenção. Nossa salvação está plenamente garantida pelo próprio Deus Triúno. Estamos plenamente certos de que nem a morte nem a vida; nem anjos nem principados; nem altura nem profundidade; nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Estamos salvos, eternamente salvos. Podemos tomar posse da vida eterna e começar a desfrutá-la aqui e agora. Pela fé podemos desfrutar do gozo antecipado da glória. É claro que não estamos falando de fé na religião, fé nos ídolos, fé em nós mesmos. Estamos falando da fé em Cristo Jesus, o Filho de Deus, o Rei da glória, o Verbo encarnado, o nosso Justo Advogado, Redentor da nossa alma, Senhor da nossa vida, nosso bom, grande e supremo Pastor. Nele temos copiosa redenção. Nele temos refúgio eterno. Nele temos segurança da salvação.

A erosão da alma

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Por Maurício Zágari
Um câncer começa com uma única célula defeituosa. Um vírus microscópico é capaz de tirar uma vida. Cupins menores do que uma unha conseguem destruir toda uma casa. Uma pitada de veneno mata. Um punhado de grãos de cocaína são suficientes para causar uma overdose letal. Bactérias ínfimas provocam estragos monstruosos. Tudo isso são exemplos de que não é preciso algo ser grande para gerar enormes danos. Em nossa vida espiritual não é diferente: muitas vezes são os “pequenos pecados” que acabam nos conduzindo a grandes quedas – isto é, justamente os pecados que não consideramos muito problemáticos é que poderão acabar nos afastando de Deus. Uma onda do mar não destrói uma rocha. Na verdade, parece ter pouco efeito sobre ela. Mas ponha uma onda, após outra, após outra. Adicione tempo. Em alguns séculos você terá um buraco naquele pedaço de granito sólido e aparentemente impenetrável. É o processo chamado erosão. Nossa alma também pode ser vítima da erosão do pecado.

A Bíblia nos alerta para sempre vigiarmos, em oração. E de fato fazemos isso. Tomamos precauções contra muitos pecados e até que nós saímos bem. Evitamos andar nos becos escuros das grandes tentações, pois sabemos que ali há transgressões aguardando por nós atrás de cada poste. Mas nos expomos em plena luz do dia aos “pequenos pecados”.

Começamos praticando o que consideramos que são delitos menores, aparentemente insignificantes. É a “mentirinha branca”, por exemplo, aquela que “não faz mal a ninguém”. Ou somos só um pouquinho agressivos com aquele vendedor de telemarketing que nos irrita ligando no sábado. Que mal faz, afinal? Olhamos de cara feia para o cidadão no ônibus que passou de qualquer maneira e esbarrou na gente. Topamos não pedir nota fiscal do serviço que nos é prestado, desde que o preço cobrado seja mais baixo, assim todos saem ganhando! Fazemos aquela fofoquinha santa da irmã, porque, bem, não chega a ser maledicência, né, é só um comentariozinho de nada. E por aí vai. Ficamos descansados, achando que nada disso representa algo demais.

Só que “Um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7). O que acontece é que os pequenos delitos, os “pecadinhos que não fazem mal a ninguém”, acabam nos acostumando ao pecado. Nos insensibilizam à transgressão. E, com isso, passamos a ver a desobediência a Deus como algo que não nos enoja mais. Algo “aceitável”.

Por que você acha que Jesus disse que não deveríamos nem ao menos chamar alguém de “tolo”? Porque as desavenças nos acostumam ao ódio e, dentro de algum tempo, dar um tiro em alguém não será algo tão mau assim. Por que você acha que Jesus disse que se olhássemos para alguém com desejo no coração já estaríamos adulterando? Porque a cobiça dos olhos dentro de algum tempo nos acostuma ao delito e daqui a pouco deitar-se com alguém não soa tão grave assim. Em outras palavras, a ética de Cristo estimula você a cortar todo mal pela raiz, ela é preventiva e mostra que não existe pecado “menos grave” que outro. Hoje você dá propina no trânsito; amanhã no Congresso Nacional.

Estava pensando: será que o primeiro pecado de Satanás foi a rebelião contra Deus, já no ato do “golpe de estado” que tentou dar? Não posso afirmar, pois a Bíblia não afirma, mas eu acredito que ele deve ter alimentado pecados – se não na prática – pelo menos no seu coração por muito tempo. O motim foi o clímax. Não acredito que ele foi para a cama como um querubim magnífico e sem mancha e acordou dizendo “Acho que hoje vou me insurgir contra Deus”. Muito difícil crer nisso. Especulo que tenha sido um longo processo, talvez pontuado por algumas transgressões que ele considerava “menores”. Claro, isso tudo é puro fruto da minha imaginação, mas me faz todo sentido.

Cuidado com os pecados que lhe parecem insignificantes. Eles não são. “Pecadinhos de nada” têm o poder de uma bomba atômica. E eles vão fazer você se acostumar com o ato de pecar. Uma vez que transgredir naquilo que você considera inofensivo se torna uma prática tranquila aos seus olhos, você não vai parar quando se deparar com algo que entende ser mais grave. Simplesmente porque desobedecer Deus virou algo comum.

Não permita que isso ocorra. Convido você a refletir sobre os seus “pequenos delitos”, aqueles a que não presta muita atenção, que não o incomodam tanto assim. E o estimulo enfaticamente a abandonar a prática desse delito. Ele não é insignificante. É maligno. É destrutivo. Cam não achou que rir do pai bêbado era algo muito problemático. Adão e Eva devem ter pensado que, ora bolas, era apenas uma frutinha. Davi possivelmente se convenceu de que “ah, será só um recenseamento”. Saul talvez tenha suposto que somente um sacrifício sem a presença do profeta não seria lá grande coisa. Deu no que deu.

Você pode se considerar uma rocha de santidade. Talvez creia que está tão alerta contra as tentações que nada vai te alcançar. Mas as ondas estão batendo. A erosão está destruindo as suas defesas contra o pecado. Se você não tomar uma providência agora mesmo… a montanha inteira pode vir abaixo.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Podem os psicopatas serem salvos?


Por Wilma Rejane

Esse é um assunto intrigante sob o ponto de vista teológico: Uma vez que a salvação acontece mediante o arrependimento, fruto do reconhecimento do pecado, como se daria a salvação de um psicopata se estes sofrem de ausência de culpa, sentimentos de compaixão e arrependimento? 

A medicina considera a psicopatia incurável sendo tratada apenas em termos de minimizar os danos. Não precisa ser especialista em psicopatia para compreender a necessidade que temos de identificar quem sofre desse mal, pois alimentar os vícios e comportamentos psicopatas, seria armar uma armadilha para si mesmo. O que fazer? Tentar conduzir essa pessoa a Cristo, assumindo os riscos da relação, ou reconhecer nossas limitações e manter distância? 

Seriam os psicopatas pessoas "irreconciliáveis" com Deus? Foi essa palavra que busquei na Bíblia, na esperança de encontrar alguma luz ou referência sobre os psicopatas, e de fato, a palavra existe, está no livro de II Timóteo, é uma clara referência de Paulo a pessoas que devem ser excluídas do convívio:

"Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios,sem amor pela família, irreconciliáveis,caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados,soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus,tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes. II Timóteo 3:1-5

Seria esse um atestado de reconhecimento de Paulo, de que existem pessoas tão perigosas e falsas que o melhor é manter distância e não tentar reconciliá-las, pois são irreconciliáveis?Caso contrário, ele teria recomendado que Timóteo abrigasse-os.

Confesso não ter resposta para essa questão que vez por outra aflora em minha consciência. Ao tempo em que sinto frustração por não desvendar os dilemas teológicos em relação a psicopatia, reconheço que Deus reservou mistérios que somente cabem a Ele responder. E nisso me alegro, pois de um Deus perfeito, não pode haver injustiças.

"Pois não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não existe nada de oculto que não venha a ser conhecido" Mateus 10 26 

Na Bíblia existem personalidades que podem ser equiparadas a psicopatas: Acabe, Herodes, Jezabel, Judas. Foram pessoas cruéis e que praticaram homicídios, geralmente motivados por ganância, dinheiro, egoísmo, enfim as motivações de um psicopata nunca são nobres, são como teias cheias de veneno. 

Falamos de psicopatas que matam, mas também existem aqueles que parecem pessoas normais, praticam "delitos menores". E nesse rol, vamos encontrar também casos intrigantes como: Apóstolo Paulo. Ele perseguia e consentia na morte dos cristãos.

Recordemos de um outro ícone cristão que não está na Bíblia, mas compôs um dos hinos mais belos da história: John Newton, autor de "Amazing Grace" ou "maravilhosa Graça". Este era traficante de escravos,marinheiro, que sentiu a graça de Deus o acolher em meio a uma forte tempestade. E sendo ele mesmo livre, libertou a outros!

Não estou afirmando que John Newton era psicopata, mas como traficante, estaria arrolado entre suspeitas de tal patologia, pois é nos presídios que se encontram a maior parte dos psicopatas, é no mundo do crime que eles revelam o obscuro de suas almas. John é um exemplo de que a graça de Deus alcança pecadores.

Temos ainda o exemplo de Nicky Cruz, ex- líder de uma temível gangue em Nova York chamada de "mau-mau". Este homem foi conduzido a Cristo pelo testemunho e insistência de David Wilkerson que o confrontou dizendo: "Jesus te ama". Nick deu um soco em Wilkerson que repetiu: "Jesus te ama". E mais um soco, até que Wilkerson concluiu: "Ainda que me cortes em mil pedaços, cada parte de mim continuará a dizer que Jesus te ama".Nick não sabia o que era amor, até encontrar Wilkerson em seu caminho.

Creio que a Igreja precisa clamar para que Deus encha nossos corações de amor pelos perdidos e nos dê discernimento para sabermos a hora certa de sermos pombos e/ou serpentes: "Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas. Mateus 10:16"

Prudente tem o mesmo significado de Sóbrio "sophronos" (strong 4996), de sozo (salvar) e phren (mente), salvar a mente, agir com prudência, de modo responsável, com domínio intelectual e emocional. 

Simples, humilde = praus (strong 4235 e 4239) Ser generoso, manso, atencioso.

Tudo é possível para Deus, Ele pode trocar corações, fazer de novo, endireitar. E quanto a nós?Somente quem convive com um psicopata,sofre ou já sofreu a ação deles para dizer quanto precisa de pomba e serpente em cada um. Somente o perdão para atuar como poderoso antídoto sem esmorecer na vida. Enquanto iso vamos orando para que Deus nos livre do mal e para que vidas que hoje vivem na lama, nos becos escuros do pecado, se voltem para Jesus.

Deus o abençoe.